As linguagens

04/07/2018 10:09


Como ser assertivo usando a linguagem correta

Sabemos que para nos comunicar e ser entendido, é necessário passar a mensagem com a linguagem adequada àquele que a recebe. Quando falamos com uma criança, usamos um tipo de linguagem, com o chefe falamos de outra forma, com os amigos de outro jeito e assim por diante.

No mundo corporativo não é diferente. Para cada tipo de público, há um tipo de linguagem. E será que sua empresa está se comunicando de maneira correta e eficaz?

Uma notícia pode ser contada de diversas formas, dependendo do seu público-alvo. Para exemplificar vou citar uma “estória” bem conhecida, porém contada de formas diferentes.  Tenho certeza que isso irá fazer você pensar e repensar sobre o modo que sua empresa se comunica.


Imagine se o conto da Chapeuzinho Vermelho fosse verdadeira e como ela seria contada na imprensa do Brasil?

Se fosse noticiada pelo Jornal Nacional seria assim:

(William Bonner) -“Boa noite. Uma menina quase chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem…”

(Renata Vasconcelos) - “…mas a atuação de um lenhador evitou a tragédia”.

Cidade Alerta: (Datena) -“Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades? A menina ia pra casa da vovozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva… um lobo, um lobo safado. Põe na tela, primo! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!”

Superpop:(Luciana Gimenez)-“Geeente! Eu tô aqui com a ex-mulher do lenhador e ela diz que ele é alcoólatra, agressivo e que não paga pensão aos filhos há mais de um ano. Abafa o caso!”

Globo Repórter: (Chamada do programa) – “Tara? Fetiche? Violência? O que leva alguém a comer, na mesma noite, uma idosa e uma adolescente? O Globo Repórter conversou com psicólogos, antropólogos e com amigos e parentes do Lobo, em busca da resposta. E uma revelação: casos semelhantes acontecem dentro dos próprios lares das vítimas, que silenciam por medo. Hoje, no Globo Repórter”.

Discovery Channel: Vamos determinar se é possível uma pessoa ser engolida viva e sobreviver.

Revista Veja: Lula sabia das intenções do Lobo.

Revista Cláudia:Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

Revista Isto É:Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

Revista Caras: (Ensaio fotográfico com a Chapeuzinho na semana seguinte) - Na banheira de hidromassagem do Castelo de Caras, Chapeuzinho desabafa: “Até ser devorada, eu não dava valor pra muitas coisas na vida. Hoje, sou outra pessoa”.

Revista Superinteressante: Lobo Mau: mito ou verdade?

Revista Ti-ti-ti:Lenhador e Chapeuzinho flagrados em clima romântico em jantar no Rio.

O Estado de São Paulo:Lobo que devorou menina seria filiado ao PT.

O Globo:Petrobrás apoia ONG do lenhador ligado ao PT, que matou um lobo para salvar menor de idade carente.

Noticias Já:Promoção do mês: junte 20 selos mais 19,90 e troque por uma capa vermelha igual a da Chapeuzinho!

Analisando esses exemplos, faço a seguinte pergunta: “Como está a comunicação da sua empresa”?

Tenha em mente que o maior patrimônio de uma corporação é o ser humano, que precisa de se comunicar e ser entendido. Portanto, para que isso aconteça de maneira assertiva e eficiente é necessário uma equipe capacitada e especializada para incorporar a comunicação correta e que vá de encontro ao seu público-alvo.

Não ache que a comunicação é algo secundário ou fácil de se fazer. Não é! Posso garantir que o melhor investimento está na comunicação adequada!

A comunicação deve ter o princípio da eficácia. Ela deve ser transformadora.


Andréa Barbieri é jornalista e sócia da UP! Comunicação


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